Informativo Mensal sobre temas ligados à Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho, Segurança em Transportes, Meio Ambiente e Direito Ambiental - junhp 2016 - Ed. 169

REPORTAGEM ESPECIAL: RADIOGRAFANDO A COLETA SELETIVA – CICLOSOFT 2016

22 ANOS DE PESQUISA

Desde 1994 o Cempre reúne informações sobre os programas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras, apresentando dados sobre composição do lixo reciclável, custos de operação, participação de cooperativas de catadores e parcela da população atendida.

A Pesquisa Ciclosoft tem abrangência geográfica em escala nacional, e possui periodicidade bianual de coleta de dados.

A metodologia da pesquisa consiste no levantamento de dados através do envio de questionário às Prefeituras e visitas técnicas. O objetivo não é comparar, mas demonstrar quais municípios contam com programas estruturados de coleta seletiva.

Este é o Ciclosoft, uma pesquisa atualizada da coleta seletiva em cidades brasileiras, indispensável para o desenvolvimento do setor de reciclagem no país.

*Os municípios que desejarem participar da Pesquisa Ciclosoft 2018 devem enviar solicitação para:pesquisa@cempre.org.br

PESQUISA NACIONAL

1055 municípios brasileiros (cerca de 18% do total) operam programas de coleta seletiva.




REGIONALIZAÇÃO

A concentração dos programas municipais de coleta seletiva permanece nas regiões Sudeste e Sul do País. Do total de municípios brasileiros que realizam esse serviço, 81% está situado nessas regiões.




POPULAÇÃO ATENDIDA

Cerca de 31 milhões de brasileiros (15%) têm acesso a programas municipais de coleta seletiva.


MODELOS DE COLETA SELETIVA

Os programas de maior êxito são aqueles em que há uma combinação dos modelos de coleta seletiva:

  • A maior parte dos municípios ainda realiza a coleta por meio de PEVs e Cooperativas (54%);
  • A coleta porta-a-porta precisa de maior atenção dos gestores municipais (29%).


Os municípios podem ter mais de um agente executor da coleta seletiva.

A coleta seletiva dos resíduos sólidos municipais é feita pela própria Prefeitura em 51% das cidades pesquisadas; Empresas particulares são contratadas para executar a coleta em 67%; E praticamente metade (44%) apoia ou mantém cooperativas de catadores como agentes executores da coleta seletiva municipal.

O apoio às cooperativas está baseado em: maquinários, galpões de triagem, ajudas de custos com água e energia elétrica, caminhões (incluindo combustível), capacitações e investimento em divulgação e educação ambiental.




CUSTO

O custo médio da coleta seletiva nas cidades pesquisadas foi de US$ 102,49 (ou R$ 389,46)*
Considerando o valor médio da coleta regular de lixo US$ 25,00 (R$ 95,00), o custo da coleta seletivaé 4,1 vezes maior que o custo da coleta convencional.

*US$ 1,00 = R$ 3,80


COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA

Aparas de papel/papelão continuam sendo os tipos de materiais recicláveis mais coletados por sistemas municipais de coleta seletiva (em peso), seguidos dos plásticos em geral, vidros, metais e embalagens longa vida. A porcentagem de rejeito ainda é elevada (cerca de 35%). Faz-se necessário investir em comunicação para que a população separe o lixo corretamente.



Fonte: Cempre



Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj. 903 - São Paulo - SP
Fone: (11) 3262-4566 - Fax: (11) 3289-5780 - Email: sitivesp@sitivesp.org.br
Todos os direitos reservados