Informativo Mensal sobre temas ligados à Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho, Segurança em Transportes, Meio Ambiente e Direito Ambiental - março 2017 - Ed. 177

SETOR INDUSTRIAL QUER USAR MENOS ÁGUA, DESTACA COORDENADOR DA CNI EM SEMINÁRIO NA FIESP

Taí uma questão que diz respeito a todos. Tanto que motivou um debate sobre os Desafios do Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos, realizado na dia 21/03, na sede da Fiesp, em São Paulo, durante o seminário “Mudança do clima e segurança hídrica: reflexos e impactos para a sociedade”.

Coordenador da Rede de Recursos Hídricos na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Percy Soares Neto, destacou que o setor tem uma atuação na área em todos os estados, num “debate contínuo sobre as políticas hídricas do país”. “O setor industrial quer colaborar com essas políticas e, ao mesmo tempo, ser mais eficiente e usar menos água, usando fontes alternativas de abastecimento”, disse.
Segundo Neto, a CNI criou uma “agenda positiva para a água”.

Consultora sênior de Risco Socioambiental do Santander, Silvia Chicarino falou sobre como o recurso é tratado no banco. “Fazemos uma análise do quanto a água impactaria o nosso negócio, uma agência não funciona sem água”, disse. “Avaliamos as nossas operações e fazemos a gestão de risco socioambiental em nossa carteira de crédito”.

Bióloga de formação, Silvia disse que o Santander quer entender como os seus clientes lidam com os riscos a que estão expostos, incluindo o socioambiental.

O mais atingido
Secretária adjunta da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Monica Ferreira do Amaral Porto destacou que a água talvez seja o recurso mais facilmente atingido por problemas climáticos.

“Uma política de gestão de recursos hídricos se apoia em dois pilares: o da cooperação e o da articulação”, disse.

Segundo Monica, é muito difícil tomar decisões sobre incertezas. “É enorme o desafio da gestão de recursos hídricos hoje”, afirmou.  “Abriu-se um leque totalmente novo diante do risco de desabastecimento em 2014 e 2015”.

Também representante do poder público, o secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, lembrou que a questão ambiental “envolve aspectos intangíveis”. “É difícil avançar numa discussão sem decidir que valor maior será preservado, mas temos um corpo técnico qualificado para isso”.

De acordo com Salles, é responsabilidade do administrador público decidir em prol do interesse coletivo.

Ele citou ainda o Projeto Nascentes, reconhecido nos Estados Unidos como uma das mais inovadoras iniciativas de reflorestamento do mundo. “Passamos da meta e hoje temos 4.960 hectares em restauração no presente momento no estado”, afirmou. “O governador também pediu a criação de novas unidades de conservação e segurança hídrica”.

O debate foi moderado pelo vice-presidente da Fiesp e diretor titular do Departamento de Meio Ambiente da federação, Nelson Pereira dos Reis.

Fonte: Fiesp


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